Taxonomia de aprendizagem de Bloom: Os 6 níveis e exemplos

Já alguma vez terminou uma sessão de formação ou uma aula e se apercebeu de que os seus formandos se lembravam dos factos, mas não "percebiam" realmente? É aqui que entra a taxonomia de Bloom: uma estrutura simples, mas poderosa, que ajuda os educadores e formadores a conceberem uma aprendizagem que se mantém.

A taxonomia de Bloom mostra como as pessoas progridem da memorização de factos para a aplicação, análise e até criação de algo novo a partir do que aprenderam. Ao compreender os diferentes níveis da taxonomia de Bloom, pode certificar-se de que os seus alunos não se limitam a assinalar caixas; na verdade, desenvolvem as suas capacidades e compreensão. Vamos explorar o que é a taxonomia de Bloom, porque é importante e como utilizá-la para criar experiências de aprendizagem significativas.

Publicado em
20 de nov de 2025
Atualizado em
20 de nov de 2025
Tempo de leitura
10 Minutos
Redigido por
Eliz - Comerciante de produtos

O que é a taxonomia de aprendizagem de Bloom em termos simples?

Pense na taxonomia de Bloom como uma escada de competências de pensamento. Na base, os alunos começam por recordar informação básica. À medida que sobem cada degrau, começam a compreender, aplicar, analisar, avaliar e, finalmente, criar novas ideias.

Em termos simples, é uma ferramenta que o ajuda a responder a perguntas como:

  • 'O que é que eu quero realmente que os meus alunos sejam capazes de fazer depois deste curso?'

  • 'Estou a testar a compreensão real ou apenas a memória de curto prazo?'

Este quadro ajuda os professores a irem além da memorização mecânica nas salas de aula. Na formação empresarial, garante que os funcionários não só conhecem as regras ou os procedimentos, como também podem aplicá-los, resolver problemas e inovar no trabalho. Por outras palavras, preenche a lacuna entre o conhecimento e a aplicação prática.

Com este conhecimento, podemos agora analisar a forma como a taxonomia de Bloom tem evoluído ao longo do tempo.

Explicação da taxonomia original e revista de Bloom (1956 vs. 2001)

Em 1956, o psicólogo educacional Benjamin Bloom e os seus colegas introduziram o que atualmente designamos por taxonomia de Bloom. O seu objetivo era criar um quadro estruturado para classificar os objectivos de aprendizagem, ajudando os professores a ultrapassar a memorização mecânica e a conceber aulas que promovessem um pensamento mais profundo. A taxonomia original tinha seis níveis:

  1. Conhecimento: Recordar factos, datas, termos ou informações básicas.

  2. Compreensão: Compreender o material e captar o significado.

  3. Aplicação: Utilizar o conhecimento em situações práticas.

  4. Análise: Dividir a informação em partes para compreender as relações.

  5. Síntese: Combinar informação para formar uma nova ideia ou propor soluções.

  6. Avaliação: Fazer julgamentos com base em critérios e normas.

Esta hierarquia ajudou os professores a conceberem aulas que contribuíram para uma compreensão mais profunda e para o pensamento crítico.

Em 2001, Lorin Anderson e David Krathwohl reviram a taxonomia para a tornar mais orientada para a ação e relevante para a aprendizagem moderna:

  1. Lembrar

  2. Compreender

  3. Aplicar

  4. Analisar

  5. Avaliar

  6. Criar

 

As mudanças podem parecer subtis, mas fizeram uma grande diferença. Cada nível tornou-se um verbo que se centra no que os alunos fazem, não no que sabem. 'Síntese' tornou-se 'criar' e passou para o topo, dando ênfase à inovação e à resolução de problemas como as formas mais elevadas de aprendizagem.

Atualmente, esta estrutura é utilizada em todo o lado, desde universidades a programas de liderança empresarial, porque o sucesso no mundo real depende de mais do que apenas conhecer factos; trata-se de aplicar e criar novas soluções.

De seguida, analisaremos mais detalhadamente cada um dos seis níveis, com exemplos práticos que facilitam a sua aplicação na educação e na formação empresarial.

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Os 6 níveis da taxonomia de Bloom (com exemplos)

Compreender a taxonomia de Bloom é uma coisa, mas ver como cada nível funciona na prática torna-a muito mais útil. Por isso, vamos dar vida à teoria. Cada nível da taxonomia de Bloom representa um tipo diferente de pensamento, desde a simples recordação até à criação de alto nível. Pode pensar-se nela como uma viagem de "eu sei" para "eu posso fazer" e para "eu posso inovar".

Eis uma análise mais pormenorizada de cada nível com exemplos práticos:

1. Lembre-se: construir os alicerces

O que é: Trata-se de recordar factos, definições ou conceitos básicos. Nesta fase, os alunos podem identificar ou listar informações, mas ainda não estão necessariamente a dar sentido às mesmas.

Exemplo: Enumere as etapas de um protocolo de atendimento ao cliente ou relembre os valores fundamentais da empresa.

Por que é importante: A memorização é o ponto de partida para a aprendizagem. Sem uma base sólida de factos, é difícil avançar para níveis mais elevados, como a análise ou a criação.

 

2. Compreender: dar sentido à informação

O que é: Os alunos vão além da memorização para explicar idéias com suas próprias palavras, resumir o conteúdo ou interpretar o significado.

Exemplo: Resuma os pontos principais de uma nova política da empresa ou explique por que um processo é importante.

Por que é importante: A compreensão garante que os alunos não estão apenas a repetir informações; estão a interiorizá-las, o que os prepara para a aplicação prática;

 

3. Aplicar: pôr os conhecimentos em ação

O que é: Este nível centra-se na aplicação do que foi aprendido e na sua colocação em prática. Os alunos demonstram sua capacidade de implementar o conhecimento em cenários realistas.

Exemplo: Utilizar um novo software para realizar uma tarefa corretamente ou seguir um protocolo de segurança durante a formação no local de trabalho.

Por que é importante: A aplicação é onde a aprendizagem começa a traduzir-se em ação. Os funcionários que conseguem aplicar os conhecimentos são mais produtivos e confiantes nas suas funções.

 

4 Analisar: dividir a informação em partes e examiná-la

O que é: Os alunos examinam relações, padrões ou estruturas, identificando causas e efeitos ou comparando diferentes abordagens.

Exemplo: Comparar duas estratégias de marketing e identificar os seus pontos fortes e fracos.

Por que é importante: A análise incentiva o pensamento crítico, ajudando os alunos a entender informações complexas e a tomar decisões informadas.

 

5. Avaliar: fazer juízos e tomar decisões informadas

O que é: Nesta fase, os alunos avaliam a informação e justificam as suas decisões, ponderando as opções em função de critérios.

Exemplo: Recomendar melhorias para um módulo de formação com base no feedback dos funcionários.

Por que é importante: A avaliação ensina os alunos a pensar criticamente e a tomar decisões bem fundamentadas, essenciais para a liderança e a resolução de problemas em qualquer local de trabalho.

 

6. Criar: inovar e construir algo novo

O que é: O nível mais elevado, "Criar", envolve a combinação de conhecimentos e competências para gerar ideias, soluções ou produtos originais.

Exemplo: Conceber um novo programa de integração para funcionários remotos ou desenvolver uma campanha de marketing inovadora.

Por que é importante: A criação é onde a verdadeira inovação acontece. Os alunos não estão apenas a seguir instruções; estão a contribuir com ideias e soluções que podem melhorar os processos e os resultados.

 

Cada nível baseia-se no anterior, criando um caminho claro desde a simples compreensão até à resolução de problemas complexos. Ao compreender estas fases, os formadores podem conceber cursos e actividades que guiem os formandos naturalmente, assegurando que não só absorvem a informação, mas também sabem como utilizá-la eficazmente. O que nos leva à próxima pergunta lógica: como pegar nesta teoria e aplicá-la na formação ou educação do mundo real?

Como aplicar a taxonomia de Bloom na prática?

A aplicação da taxonomia de Bloom consiste em estruturar toda a experiência de aprendizagem. Eis como funciona na prática:

  1. Comece com objectivos de aprendizagem claros: Decida o que pretende que os alunos atinjam em cada fase.

  2. Combine as actividades com os níveis cognitivos: Utilize exercícios e projectos que correspondam a cada nível de Bloom. A leitura pode servir para "recordar", enquanto a resolução de problemas em grupo se adequa a "analisar" ou "criar".

  3. Criar avaliações que meçam a progressão: Testar não apenas a memória, mas a aplicação, a análise e a criatividade. Passe de simples questionários (lembrar/compreender) para projectos complexos (avaliar/criar).

Por exemplo, um curso de conformidade empresarial pode começar com os colaboradores a recordarem as normas de segurança, depois a compreenderem a sua importância, a aplicarem-nas em estudos de caso, a analisarem cenários de risco, a avaliarem os resultados e, finalmente, a criarem novos planos de melhoria da segurança.

Quando bem feita, a taxonomia de Bloom ajuda os formadores a conceber um roteiro para a aprendizagem, assegurando que o conhecimento passa da simples compreensão à ação significativa.

De seguida, vamos ver exemplos em ambientes empresariais e educativos.

 

Exemplos da taxonomia de Bloom no ensino, nas avaliações e na aprendizagem empresarial

Ver a taxonomia de Bloom em ação torna-a verdadeiramente útil. Esta secção explora aplicações em ambientes empresariais e educacionais. Verá como os seis níveis orientam a conceção do curso, as avaliações e as actividades, ajudando os formandos a adquirir conhecimentos de forma progressiva e significativa.

Em programas de formação para adultos ou empresas

Os formadores empresariais podem utilizar a taxonomia de Bloom para estruturar workshops, e-learning e programas de formação mista. Por exemplo:

  • Lembrar/Compreender: Os formandos analisam os procedimentos principais e explicam a sua importância.

  • Aplicar/Analisar: Os formandos lidam com cenários realistas, resolvem problemas e comparam resultados.

  • Avaliar/Criar: Os formandos criticam os resultados do desempenho e propõem novas melhorias no processo.

Esta abordagem estruturada transforma a aprendizagem passiva em desenvolvimento ativo de competências, o que não é apenas uma formalidade, mas melhora efetivamente o desempenho e a tomada de decisões.

 

Nas escolas e no ensino superior

Os professores utilizam os níveis de Bloom para conceber currículos, tarefas e exames. Um professor de ciências, por exemplo, pode pedir aos alunos que:

  • Lembrar: Definir termos científicos.

  • Compreender: Explicar os princípios por trás de uma experiência.

  • Aplicar: Realizar a experiência.

  • Analisar: Interpretar os resultados e encontrar padrões.

  • Avaliar: Criticar a metodologia de um estudo.

  • Criar: Propor uma nova experiência com base nas descobertas.

Ao progredir através destes níveis, os alunos desenvolvem o pensamento crítico e as capacidades de resolução de problemas que duram toda a vida.

Com uma boa compreensão da taxonomia de Bloom, pode agora elaborar objectivos de aprendizagem e perguntas precisas.

 

Questões da taxonomia de Bloom e objectivos de aprendizagem

Uma das formas mais práticas de utilizar a taxonomia de Bloom é conceber perguntas e objectivos de aprendizagem que visem cada nível de pensamento. Objectivos claros definem o que os alunos devem ser capazes de fazer, enquanto que perguntas bem elaboradas ajudam a avaliar se eles atingiram esse nível.

Exemplos de verbos de ação e de perguntas por nível:

  • Lembre-se: listar, definir, recordar.
    Exemplo de pergunta: 'Pode enumerar os principais passos do processo de integração?'

 

  • Entender: explicar, resumir, descrever.
    Exemplo de pergunta: 'Como você explicaria a importância de seguir as etapas de integração?'

 

  • Aplicar: demonstrar, usar, resolver.
    Exemplo de pergunta: 'Pode usar a lista de verificação de integração para orientar um novo contratado durante o seu primeiro dia?'

 

  • Analisar: comparar, diferenciar, organizar.
    Exemplo de pergunta: "Que diferenças você pode identificar entre duas abordagens de integração?"

 

  • Avaliar: avaliar, justificar, criticar.
    Exemplo de pergunta: 'Como avaliaria a eficácia do atual processo de integração?'

 

  • Criar: projetar, desenvolver, inventar.
    Exemplo de pergunta: "Consegue conceber uma nova estratégia de integração para funcionários remotos?"

 

Ao combinar estes verbos e perguntas, pode criar objectivos de aprendizagem específicos e mensuráveis.

Por exemplo: "No final deste curso, os participantes serão capazes de avaliar o processo de integração e conceber uma estratégia de integração melhorada."

Esta abordagem garante que a sua formação visa todos os níveis cognitivos - desde a recordação à criação - tornando os resultados da aprendizagem claros e acionáveis.

Da teoria à prática: Como um LMS torna a taxonomia de Bloom mais inteligente

Agora, imagine a combinação da taxonomia de Bloom com um Sistema de Gestão da Aprendizagem (LMS) como Easy LMS. É aqui que a coisa fica poderosa:

  • Caminhos de aprendizagem estruturados: Crie facilmente cursos que seguem os níveis de Bloom.

  • Conteúdo interativo: Envolva os alunos com questionários, vídeos e exercícios que visam habilidades cognitivas específicas.

  • Rastreie o progresso e os KPIs: Veja quais alunos estão avançando nos níveis e quais áreas precisam ser melhoradas.

  • Conteúdo reutilizável e escalável: Aplique o mesmo material a vários clientes, cada um com um portal de marca, sem reinventar a roda.

 

Para os consultores e fornecedores de formação, esta combinação poupa tempo na administração e garante que os formandos desenvolvem efetivamente competências e não apenas completam listas de verificação. Experimente gratuitamente e veja o impacto!

Recursos úteis

  1. Taxonomia de Bloom dos objectivos de aprendizagem cognitiva

  2. Utilizar a Taxonomia de Bloom para escrever objectivos de aprendizagem eficazes

  3. Taxonomia de Bloom dos verbos mensuráveis

Perguntas frequentes

Quais são as 6 fases da taxonomia de Bloom?
O que são os verbos de ação da taxonomia de Bloom?
O que é a pirâmide da taxonomia de Bloom e como é utilizada?
Como é que a taxonomia de Bloom é utilizada nas avaliações e no ensino?
Porque é que a taxonomia de Bloom continua a ser relevante na aprendizagem moderna?
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